Mas cuidado, lista de materiais tem variação de até 546%, mostra o Procon

A volta às aulas deve movimentar a economia de Campo Grande e a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) estima que R$25 milhões devem ser injetados na Capital, aumento de 4,5% em relação ao ano passado.
Em 2024, as famílias brasileiras gastaram cerca de R$ 49,3 bilhões em materiais escolares. Se comparar com os últimos quatro anos, o setor sofreu aumento de preços na ordem de 43,7%, impactando significativamente o bolso das famílias e reduzindo as vendas do varejo de livrarias.
“Esse impacto nos preços é atribuído à inflação, à alta do dólar e aos custos de produção. Em Campo Grande, o grande desafio do setor é a concorrência desleal com produtos importados da China, comercializados por meio do mercado on-line”, destacou o presidente da CDL Campo Grande, Adelaido Vila.
Por outro lado, o presidente da entidade destaca que esse é um período de vender mais e ao mesmo tempo de muito entusiasmo para as famílias.
“A temporada de volta às aulas é um dos períodos de grande movimento para o comércio local. Este ano, a previsão é que as vendas tenham aumento de 4,5% em comparação ao ano passado. Isso reflete na economia e também no entusiasmo das famílias em comprar os materiais”, completou.
Dicas do Inmetro para uma compra segura:
- Verifique o selo do Inmetro: Produtos certificados devem apresentar o selo fixado diretamente no item ou na embalagem. Isso garante que o material passou por testes de segurança e qualidade.
- Produtos vendidos a granel: Para materiais como lápis, canetas e borrachas, confira se a embalagem expositora próxima ao produto contém o selo do Inmetro.
- Compre apenas no comércio formal: Produtos comprados de comerciantes regulamentados cumprem as condições mínimas de segurança, garantindo a proteção da saúde das crianças.
- Peça a nota fiscal: Este documento é essencial para comprovar a procedência do produto e facilitar eventuais reclamações.
Lista de materiais escolares tem variação de até 546%
Dentre os itens da lista de materiais escolares a fita crepe apresentou variação de até 546% entre as papelarias de Campo Grande. O dado compõe pesquisa realizada pelo Procon Mato Grosso do Sul, instituição vinculada à Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos).
A fita crepe branca 18×50 foi encontrada por R$ 1,39 no Santa Fé e R$ 8,99 no Centro. Outro item com alta variação são os esquadros utilizados para desenhar, medir ângulos e construir figuras geométricas. Há valores entre R$ 0,65, no Centro, e R$ 3,90, no Vilas Boas, ou seja, a diferença chega a 500%, nos produtos com 13 centímetros.
O item com menor variação no levantamento, realizado entre os dias 9 e 13 de janeiro em nove estabelecimentos comerciais da Capital, é o marca-texto da marca BRW. Ele pode ser adquirido por R$ 1,85 no Centro e R$ 2 no Bairro Amambaí, alteração de 8,11% no preço.
“Buscamos com esse levantamento colaborar com pais e responsáveis durante esse período, mas é importante relembrar que os valores podem se alterar com o tempo e a qualidade dos itens deve ser considerada durante a compra, assim como não se esquecer de sempre solicitar a emissão da nota fiscal”, destaca o secretário-executivo do Procon, Angelo Motti.
A pesquisa completa pode ser acessada no site www.procon.ms.gov.br/pesquisa-de-precos/.
Recomendações
Durante o período de compra dos materiais escolares, o Procon Mato Grosso do Sul orienta os consumidores a comparar o preço em diferentes estabelecimentos comerciais, considerando a qualidade dos itens a serem adquiridos. A lista, preferencialmente, deve ser disponibilizada no ato da matrícula.
Podem ser solicitados pelas escolas somente materiais de uso exclusivo e restrito ao processo didático-pedagógico do aluno ou aluna, em quantidades específicas e razoáveis, não podendo constar na lista produtos de limpeza e de uso administrativo do estabelecimento de ensino.
São vedados, sob qualquer pretexto, a indicação de preferência de marca, modelo do item e fornecedor. Já a escola pode, em caráter opcional, oferecer à venda dos materiais escolares aos responsáveis.
Importante relembrar ainda que a nota fiscal é o documento que comprova a relação de consumo e determina a contagem do prazo de garantia dos produtos adquiridos.
Em caso de dúvidas, denúncias e reclamações, os pais ou responsáveis podem recorrer ao Procon Mato Grosso do Sul pelo site www.procon.ms.gov.br e pelo Disque Denúncia 151.
Com informações de: SEMANA ON