
O secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Marcelo Miglioli, anunciou que o Centro Belas Artes, projeto que por quase 30 anos viveu como um “elefante branco”, será finalizado.
O investimento de R$ 8 milhões, autorizado pela Caixa Econômica Federal, promete concluir o prédio que há tanto tempo ocupa o imaginário e o concreto da cidade. A previsão é que o Belas Artes esteja pronto para uso em 2025.
Para Miglioli, que assumiu a tarefa de trazer de volta obras que pareciam esquecidas no tempo, o Belas Artes representa mais do que um prédio inacabado. “Será uma solução excepcional para um imbróglio histórico. Vamos finalizar o que está destinado ao Belas Artes e, na área remanescente, instalar o Parktec e a Agetec”, anunciou o secretário. A proposta de unir um centro cultural com um polo de inovação e tecnologia carrega a marca de uma gestão que enxerga a cultura e a inovação como pontos de convergência. É como se, aos olhos de Miglioli, o prédio que muitos preferiam não ver fosse finalmente assumir um novo papel na cidade.
Um novo fôlego para velhos projetos – O Centro Belas Artes, cujas obras começaram na década de 90, viveu anos de abandono e foi se tornando uma espécie de ruína urbana. Mas para Miglioli, a conclusão do Belas Artes é só parte de um projeto maior: ele quer, até o final do ano, resolver outros projetos que ficaram parados. “Temos obras sem impedimento judicial que queremos licitar até dezembro, entre elas cinco Emeis (escolas de educação infantil) e o corredor de ônibus da avenida Gunter Hans”, afirmou o secretário, com o tom de quem parece enxergar as obras públicas como engrenagens que precisam, enfim, começar a rodar.
No caso do Belas Artes, a nova etapa inclui um plano multifuncional. Enquanto a área destinada ao centro cultural será preservada, o espaço ocioso do prédio abrigará o Parktec e a Agetec, atualmente localizados em diferentes endereços. Miglioli acredita que a junção de um espaço cultural com um polo de tecnologia irá transformar o Belas Artes em um ponto de integração para a cidade. É, em suas palavras, “uma forma de transformar o que era um problema em uma oportunidade.”
2025: o ano em que o Belas Artes pode, enfim, abrir suas portas – Para a população de Campo Grande, a conclusão do Belas Artes é quase uma lenda urbana. Mas agora, com a licitação prevista para ser publicada ainda este ano, o horizonte de 2025 ganha cores de realidade. A obra, que carrega o peso de três décadas de promessas adiadas, é encarada pela gestão de Miglioli como um símbolo de avanço, uma peça de uma cidade que está se reconstituindo.
Com informações da Crítica.